08 de novembro de 2021

O placar de 1 a 0 contra o América-MG foi um clássico que passou longe de ser tranquilo para o Atlético-MG. Aliás, em toda esta jornada de seis meses e 30 rodadas de Campeonato Brasileiro, é possível contar as vezes em que algo saiu “tranquilo” para o Galo. É a história do time: nada costuma vir de mão beijada.
Há oito anos, mais de 58 mil atleticanos comemoravam a maior conquista da história do clube: a Copa Libertadores. E demorou este tempo todo para o Mineirão ver mais gente de preto e branco de uma só vez. Foram 60.142 pessoas neste domingo (7), recorde do campeonato e do próprio estádio em jogos do clube.
Até o gol de Guilherme Arana, aos 16 minutos do segundo tempo, a tensão no estádio era visível. Cada incentivo trazia uma carga escondida de angústia. Alívio por confiar em um time que, durante todo o campeonato, se recusa a dar larga margem para a tão normal oscilação. O Galo caiu na semifinal da Libertadores e deu resposta imediata no Brasileiro.
O Mineirão é, historicamente, uma fortaleza do Galo, mas a sinergia em 2021 é especial. São 13 vitórias em casa no Brasileiro, 12 consecutivas. É o recorde na era dos pontos corridos. Esta última, no Clássico diante do América, veio em um jogo nervoso. O time mostrou porque era o dono da segunda melhor campanha do returno (o Inter ultrapassou). Uma equipe encaixada, ajustada, e que poderia tranquilamente ter saído do Mineirão comemorando uma vitória.