quarta-feira, junho 7
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Fórmula 1 tem novos desafios para a realização das próximas etapas

O recente cancelamento do GP de Singapura, em razão das restrições por conta da pandemia de Covid-19, trouxe um novo desafio à Fórmula 1 para buscar alternativas e garantir uma temporada de 23 corridas em 2021, grande objetivo do Liberty Media para amenizar as perdas financeiras registradas no ano passado. Mas além da prova na cidade-estado, que não será realizada pelo segundo ano consecutivo, pairam dúvidas sensíveis sobre o GP da Austrália, ainda em rígido regime de isolamento, e também sobre o GP de São Paulo de F1, uma vez que o Brasil é um dos grandes epicentros da pandemia.

Neste momento a Fórmula 1 está diante de um grande quebra-cabeças porque o cenário global em relação à Covid-19 está sujeito a muitas mudanças, ocasionadas principalmente pelo surgimento de novas cepas do coronavírus. Ainda que a situação caminhe quase para a normalidade na Europa, Oriente Médio e nos Estados Unidos em razão da vacinação avançada, o quadro é muito distinto, especialmente na América Latina, mas também no Japão e Turquia.

O próprio GP da Turquia, que aconteceria neste próximo fim de semana, foi cancelado porque o país entrou para a lista vermelha do governo britânico, que não recomendou viagens neste caso por conta do avanço da pandemia. Com sete das dez equipes do grid baseadas na Inglaterra (Mercedes, Red Bull, Aston Martin, Williams, McLaren, Alpine e Haas), não foi possível a realização da corrida em Istambul.

Entretanto, a mesma Turquia pode voltar ao calendário em 2021. O país, que surgiu como alternativa às corridas e voltou a receber uma etapa do Mundial no ano passado, não está de todo descartado. Istambul negocia com a Fórmula 1 para ocupar a lacuna deixada pelo GP de Singapura.

Curiosamente, nenhum dos dois circuitos tradicionais da Fórmula 1 localizados na Alemanha, Nürburgring e Hockenheim, é cotado como alternativa para receber uma etapa nesta temporada. Questionado, Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1, limitou-se a dizer. “O planejamento está mais difícil do que no ano passado. As regulamentações de viagens quarentena estão mudando constantemente”.

Há também grandes preocupações na Fórmula 1 sobre os GPs da Austrália e de São Paulo, nova nomenclatura da corrida realizada em Interlagos. Sobre a Austrália, o principal ponto é a rígida política de quarentena no país para evitar ao máximo a entrada do novo coronavírus e suas respectivas variantes. Atualmente, a Austrália só permite viagens apenas para a Nova Zelândia, país insular próximo e que também obteve enorme êxito com as restrições adotadas para conter a expansão da Covid-19.

E no Brasil, país que vive um processo de vacinação ainda muito lento, a proximidade da chamada terceira onda e o risco de novas variantes tornam o cenário extremamente complexo e incerto para a categoria.