Embora seja um dos clubes mais estruturados e saudáveis financeiramente no atual momento no Brasil, o Flamengo também sofreu muito com a pandemia da Covid-19. Internamente, o time carioca avalia que deixou de ganhar R$ 110 milhões no ano passado por conta do vírus, sobretudo pela ausência de bilheteria e queda do sócio-torcedor (de 150 mil caiu para 61 mil).
O Flamengo vai publicar até o final do mês o balanço do último calendário (2020) e os números vão ser bem inferiores aos da temporada 2019, quando fechou o ano com uma receita recorde de R$ 950 milhões. Em documento, o clube deve apontar uma receita total de R$ 670 milhões e um prejuízo de R$ 100 milhões.
A Covid custou ao Flamengo R$ 110 milhões. E o impacto no orçamento foi de R$ 200 milhões [além dos R$ 110 milhões, mais R$ 90 milhões de receitas que entraram só em 2021, como a premiação do Brasileiro e direitos de transmissão]”, declarou Rodrigo Tostes, vice-presidente de finanças.
Após o 2020 complicado, o Flamengo e demais equipes do mundo imaginavam um 2021 melhor, mas a Covid-19 não cessou e continua desafiando os clubes. No Rubro-Negro, mesmo que tenha iniciado a temporada com R$ 70 milhões em caixa, o “cinto vai seguir apertado”. Isto é, o time não vai entrar com tudo no mercado como em temporadas passadas e ainda vai precisar vender atletas.
“No nosso orçamento, a contratação já foi feita: Pedro. Também está no orçamento uma previsão de vendas em janeiro (R$ 50 milhões), que já foi cumprida (Lincoln e Yuri César), e outra que precisa ser cumprida em julho (R$ 90 milhões). Não vamos fazer loucura. Não tem possibilidade disso. Existe um orçamento e precisa ser cumprido. Só vai comprar atleta depois que vender”, frisou Tostes. Em 2021, o Flamengo espera arrecadar cerca de R$ 140 milhões em vendas de jogadores.