sábado, setembro 23
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Cruzeiro flerta com Série A do Brasileirão, mas podendo cair para a C neste ano

Cruzeiro flerta com Série A do Brasileirão, mas podendo cair para a C neste anoO empate sem gols no último jogo do Cruzeiro contra o Cuiabá, representou bem mais do que o quarto jogo consecutivo sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro da equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari. Foi, provavelmente, a pá de cal no objetivo de um retorno do clube mineiro à elite no ano de seu centenário, comemorado em 2 de janeiro de 2021.

Mesmo restando seis rodadas em disputa para o desfecho da competição, o desabafo sincero do goleiro Fábio, recordista em jogos pelo clube e principal referência do atual elenco, mostrou que a nova meta é apenas esquecer 2020. “Independentemente de onde o Cruzeiro vai estar, eu vou estar junto. Quem é torcedor, os mais de 9 milhões, vão estar junto e o Cruzeiro vai voltar forte”, disse logo após a partida.

Na 12ª colocação, com 41 pontos, o time mineiro hoje está a dez do CSA-AL, quarto colocado e último entre os que subiriam hoje para a Série A. O G-4 é completado por Juventude, 52, além de Chapecoense e América-MG, ambos com 63, e praticamente garantidos na elite.

O time mineiro alcançaria, no máximo, os 59 pontos. O time, no entanto, não vence há quatro rodadas e tem a combinação improvável considerada ainda mais difícil pelo lado histórico. Desde 2007, somente o Vitória conseguiu o acesso com menos de 60 pontos (fez 59), em campanha disputada até a última rodada. Em 2019, o quarto colocado Atlético-GO somou 62.

Segundo projeções, o Cruzeiro tem chances maiores de queda do que de retornar à elite: 0,41% para 0,30%, ambas consideradas remotas. Aos 72 anos, Felipão arriscou um currículo extremamente vitorioso ao aceitar a missão de assumir o clube com apenas 13 pontos e na 19ª colocação do campeonato depois de 16 rodadas, ocupando lugar quase cativo na zona de rebaixamento. O aproveitamento total melhorou, mas ainda está abaixo do esperado: 49%.

De forma isolada, o técnico atingiu 58% dos pontos disputados em 16 partidas, suficientes para assumir uma das vagas no G-4, que tem Juventude, com 54,2%, e CSA, com 53,1%. Questionado sobre a queda de produção da equipe nas últimas partidas disse, francamente, não saber responder os motivos.