A Fórmula 1 segue discutindo a possível introdução de um congelamento dos motores ao longo de uma temporada a partir de 2022 após a decisão da Honda de sair do esporte e a Red Bull desejar assumir o programa da montadora japonesa. E o projeto da marca austríaca pode ter ganhado um importante apoio com a Ferrari mudando de ideia e passando a concordar com a proposta após o grid optar por adiantar a introdução dos novos motores para 2025.
Atualmente, Red Bull e AlphaTauri seguem usando os motores Honda e querem manter o programa após a saída da montadora, assumindo a propriedade intelectual e passando a desenvolver seus próprios motores. Mas a marca sempre deixou claro que o único jeito disso acontecer seria congelando o desenvolvimento, por não ter como bancar evoluções ao longo do ano.
Apesar da Mercedes sempre ter se posicionado a favor do congelamento, Ferrari e Renault haviam dito anteriormente que não apoiariam algo do tipo, com o CEO da Ferrari, Louis Camilleri, afirmando que isso iria “contra o espírito da F1”.
Mas agora a Ferrari mudou de posição após conversas recentes com F1, FIA e as demais montadoras.
O chefe da Ferrari, Mattia Binotto, confirmou na sexta que a Ferrari agora é a favor do congelamento, concordando também que a nova geração de motores será introduzida um ano antes que o planejado, em 2025.
“Acho que o que vínhamos falando é que já haviam regulamentos em vigor, mas a Red Bull tem uma solução. Entendemos que a intenção deles é seguir usando os motores Honda no futuro. Tivemos reuniões nos últimos dias com a F1 e a FIA. Nós, como Ferrari, entendemos a situação“.
“Apoiamos a antecipação em uma temporada o congelamento dos motores, porque isso significa que podemos antecipar a introdução dos novos motores para 2025. Conhecendo e compreendendo a situação, não é a primeira vez que a Ferrari toma uma decisão responsável“.
“Então vamos apoiar o congelamento, antecipando também em um ano a nova unidade de potência“.
A mudança de posicionamento da Ferrari abre caminho para o congelamento dos motores a partir de 2022, durando por três anos até a introdução dos novos modelos. Mas Binotto disse que as conversas ainda seguem, para garantir que a convergência ideal entre as montadoras seja encontrada para garantir que não há grandes diferenças de performance.