Na semana passada, quando o Palmeiras concretizou a saída de Dudu para o Al-Duhail, do Qatar, muitos torcedores passaram a quebrar a cabeça para tentar imaginar a formação do time sem o então principal jogador do elenco. Vários, inclusive, passaram a apontar Rony como o cara que poderia suprir a ausência de Dudu. Bom, não vai ser assim pelo menos pelos próximos quatro meses.
Esse foi o tempo de suspensão imposto ontem pela Câmara de Resoluções de Litígio da Fifa em função de uma antiga ação judicial do Albirex Niigata, do Japão, com o Athletico-PR. A restrição inclui tanto jogos de competições nacionais quanto internacionais. Além disso, o jogador também terá de pagar ao time japonês cerca de R$ 6 milhões. Por conta da mesma ação, o Athletico-PR, ex-time de Rony, fica impedido de registrar novos jogadores nas próximas duas janelas de transferências.
Mas, ainda cabe recurso no TAS (Corte Arbitral do Esporte) em até 21 dias. O Palmeiras, que contratou Rony no início desta temporada, não faz parte do processo.
Por que?
Em 2017, o Albirex levou Rony do Cruzeiro para um contrato por três anos – até o fim de 2019. Por restrições no regulamento, os japoneses informaram que não poderiam exercer a compra em definitivo na ocasião. Ele então seria emprestado por um ano e, depois, passaria a valer o vínculo integral. Só que, em 2018, o
atacante alegou não existir esse acordo e retornou ao Brasil para vestir a camisa do Athletico-PR. A Fifa atendeu ao pedido do atacante sobre o contrato com os japoneses ser inconsistente. O Albirex, porém, levou o caso à entidade, entendendo que teria direito a receber uma multa de cerca de 10 milhões de dólares
(R$ 53,4 milhões) pela quebra do acordo e conseguiu a vitória de ontem. Furacão e Rony, que ainda não se manifestaram, se sustentam com a liberação da própria Fifa em 2018.